Pular para o conteúdo principal

Jornada ao centro do inferno - Abordagem científica à um problema pessoal - Parte 1

Esta é a primeira de uma série de publicações, que vão abordar o que aconteceu comigo, como, porque e como eu sai disso. Eu decidi não revisar esse texto, pode deve ter alguns erros de português.

Alerta: Essa texto aborda temas como depressão, despersonalização, desrealização depravação do sono, confusão mental e outros distúrbios mentais. Caso você sofra de DP/DR há vários gatilhos pra gerar uma crise, leia com cuidado.

Quatro meses atrás eu fui enviado ao inferno, de certa forma... eu não acredito inferno ou em demônios o que eu acredito é que isso é um nome que a gente dá as coisas que não gostamos.

Eu me inspirei a escrever esse texto por esbarrar em um vídeo sobre a ciência do NOFAP (Não se estimular / ver pornografia) de um dos canais que acompanho, indico-lhe muito a propósito: What I've Learned. Sobre o que era o vídeo e como ele é relevante para esse texto (e autoanálise) vem mais tarde aqui mesmo... mas antes quero dar um pouco de contexto.

Quatro meses atrás comecei a sentir umas perturbações na força minha cabeça, na verdade começou muito antes disso com problemas de memória, de concentração, desmotivação, falta de energia etc, mas ficou crítico mesmo cerca de quatro meses atrás, quando eu estava no computador estudando de repente começou um ruído na minha mente, não um ruído como de rádio, mas uma perturbação, uma preocupação injustificável do ponto de vista racional. Um sentimento de preocupação, de responsabilidade pendente. Tomei um remédio a base da flor do maracujá, as coisas se acalmaram enquanto eu conversava na frente de casa e depois eu fui dormir e no dia seguinte estava bem.

No meio da agonia eu pensei: "Eu estou ficando louco, é isso... Já era."

Então esse problema começou a se manifestar novamente no dia seguinte. Sempre a noite, inquietação, preocupação e urgência, mas sem um motivo/gatilho especifico. Entre outros sintomas que eu pude observar, infelizmente não recordo todos, tinha um bem curioso, o fato de ir gradativamente cerrando as mãos. Começando pelo anelar na mão esquerda, depois o mindinho e depois a mão toda estava fechada. Luz começou a me incomodar, era como seu estivesse em um estado de alerta, como se algo de errado fosse acontecer, algo fosse me atingir. Um medo, que racionalmente eu bloqueava e acabava se manifestando como um desconforto, esse eu não conseguia suprimir.

Alguns dias depois isso evoluiu. Depois de chegar no inferno, pela primeira vez eu olhei para o diabo. (Eu to usando essa analogia para demonstrar em um folclore bem conhecido como horrenda era a experiência.) (Outro parênteses... não dá pra dizer que eu evolui porque uma coisa não é necessariamente uma versão amplificada da outra.)

Todos esses pequenos problemas fizeram com que eu ficasse super atento ao que acontecia no cérebro, super vigilante do que eu pensava, como os pensamentos se formavam e porque. O que eu tava falhando em recordar ou executar. E isso culminou em um acontecimento indescritível... Uma noite, eu estava sentido esse desconforto,  e pela primeira vez, desde meus 7 anos de idade, eu tive uma crise de desrealização.

Eu apenas olhava em volta e sentia uma incrível sensação de nada ser familiar, ao mesmo tempo tudo era absurdo, tudo impressionava a minha mente de uma forma horripilante. Era como se eu estivesse atrás dos meus olhos, como se o corpo humano fosse apenas uma carcaça, um robô e eu estava dentro dele. Então eu apenas me encolhi de medo, sem conseguir controlar uma tremedeira absurda nas mãos e esperei passar, não dia muito o que fazer.

Eu precisei pausar nesse ponto e continuar esse texto mais tarde... ...Continuando 1 mês depois.

E o que veio depois disso? O que é melhor do que uma coisa? É mais daquela coisa. Então começou o passeio na montanha russa:





Eu também tenho uma explanação visual mais científica do que era o meu dia dia:



Supondo que o eixo X indique a passagem do tempo e o eixo Y represente a felicidade, considere a linha vermelha o meu índice de felicidade.

Fim do capitulo 1. Vou encerrar por aqui porque a leitura já está bem longa. Até o próximo episódio.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Malditos comunistas | Parte 1 - Sistemas econômicos

Karl Marx de boas "Esses países comunistas estão destruindo o mundo com pobreza." Que pena que não existem países comunistas de fato . "...a teoria do comunismo pode ser resumida em uma única frase: abolição da propriedade privada" - esse cara disse isso -> E o tópico de hoje é: Sistemas econômicos. Tem coisas que raramente a gente para pra pensar e realmente entender como funciona, as vezes o senso comum e um conhecimento superficial sobre o assunto é suficiente para tirar algum proveito . Mas muitas das vezes a falta de conhecimento vai fazer com que você tome no brioco e seja manipulado. No post de hoje eu quero compartilhar o conhecimento que venho adquirindo e também é do meu interesse melhor fixar esse conhecimento na minha cabeça e por causa desse meu egoísmo você pode sair ganhando alguma coisa. Então vou resumir dividir isso em duas partes - Ah... pera, antes disso, pra termos um modelo econômico precisamos de três perguntas pa...

Transtornos de ansiedade 101. Porquê falar sobre isso. O que acontece no seu cérebro.

Por que devemos falar sobre ansiedade? Bem, dia 02 publiquei meu primeiro vlog de 2018, falando vagamente sobre como meu ano de 2017 foi terrível. E indiquei um link daqui sobre a crise de ansiedade que tive no ano passado. O post descrevia o quão terrível foi, parte dos sintomas e o mais ou menos como eu tenho lidado com isso. É um post longo, que certamente necessita de continuação. Porém não só por estar incompleto, mas porque pessoas me procuraram para agradecer o fato de eu ter compartilhado a minha experiência, eu percebi que precisava expandir o debate acerca do assunto. Eu compreendi que divulgar a minha abordagem científica ao negócio era maior que eu, é sobre ajudar aos outros. E como um cidadão vejo que é um dever contribuir para uma sociedade melhor estruturada e equipada para lidar com os problemas que a vida pode trazer. E eu nem to me candidatando em 2018. Você não faz piadas sobre uma pessoa ter uma perna faltando né? Sobre ter hepatite? Ou chegou em um conhecido...

A chave para o crescimento do meu negócio

Na verdade o negócio é da família... Mas é o seguinte, esses últimos dias eu passei horas mastigando números, jogando CS, dormindo, lendo sobre produção, jogando CS, dormindo, comendo. E repetindo esse ciclo. O problema é que eu não estou tão bem emocionalmente falando e fisicamente eu perdi bastante rendimento, depois de parar com os exercícios... A questão é, eu estava buscando no negócio uma solução para produtividade, quando o problema está em mim, eu preciso me cuidar, pra poder pensar claro e estar rendendo bem. E obviamente feliz, que é muito importante para fazer uma comida saborosa. A questão agora é, como alcançar essas coisas em mim? "Moral da história" o problema não é o negócio, mas eu.